Até
quando vamos ouvir insinuações perversas contra ao aglomerado social a que
chamamos Sociedade? Existe uma severa luta a favor de elementos que podem minar
as tão corroídas bases da civilização.
E
na verdade, onde reside este “monstro”?
As
pessoas temem tanto serem civilizadas que qualquer alusão a regras ou padrões
de convivência humana tende, sem medo algum de afirmar, receber apodo de repressão.
Segundo
o pai dos sábios, o dicionário Aurélio, repressão
é o ato ou efeito de reprimir. Logo,
reprimir é o mesmo que não deixar que aconteça; conter, coibir e refrear.
Acredito
ser soberano o direito a liberdade. O direito de ser cidadão coexiste, ambos,
abraçados com o dever de promover o bem comum. Esse bem, que deve ser de todos,
permanece intransferível, pois o mesmo torna também soberano o meu direito de
ser eu.
E
quando eu deixo de ser eu?
Quando
eu admito que não há necessidade de padrões tolerantes de coexistência
humana.Eu corro o serio risco de ter minha individualidade violada; meu espaço
atropelado pelos desejos baixos e egoístas tão presentes na nossa espécie.
Liberdade para
fazer isso.
Libertinagem pra fazer aquilo. Ouvimos
isto diariamente nas calçadas virtuais, nos muros pichados, na cartilha do
libertino, nos livros dos desonestos, no riso cínico do ladrão, nos abraços do
hipócrita, e nos beijos do mentiroso. Eles estão imitindo seus sinais terroristas.
Eles fazem guerra contra si mesmo e não percebem a tolice de seus discursos
infames.
E
quais são os discursos?
Ora,
está ai: nas letras das musicas que banalizam o sexo e a feminilidade da
mulher, nas novelas que ridicularizam as relações de família, nos programas de
TV que divulgam a violência gratuita, nos intervalos comerciais que fazem
apologia a bebida alcoólica, nos jornais baratos que menospreza o individuo,
nas passeatas que clamam por consumo de drogas legais e legalizadas, e na
pornografia nos filmes ditos cults, para
gente culta ver.
E em tantas outras insinuações que de tanto parecer comum, e
sem perceber, estamos dormindo com elas. Viramos reféns. Sequestramos a nós
mesmo. E não pedimos regaste. Esse preço quem vai pagar será a geração futura.
Elas irão ver, no espelho dos livros antigos, o quanto nos afastamos do civil e
abraçamos e casamos com o vil.E lamentarão.
E
Lamentarão o que?
Que
o respeito foi abolido. Que a verdadeira liberdade suprimida. Que a igualdade
foi iludida. Que o crime compensa. Que o individuo foi supreendido pelo desejo
coletivo do “faça o que voce quiser.
Desde que seja feliz”.
Se
ser repressor é tentar refrear o
animalesco sujeito oculto do homem, então eu sou um repressor.
O
que eu não pretendo é descriminalizar o crime contra mim.
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