quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cinco pães e dois peixes


Há muitos anos, uma multidão seguiu ansiosa os passos do Profeta de Nazaré acreditando que sua fome seria aplacada, mas ele disse que qualquer que comesse daquele pão, tornaria a sentir fome(João 6:51).
O povo prosseguiu, pois que tem fome, tem pressa.E de fato, no deserto do Mar da Galiléia, O Salvador promoveu o milagre fornecendo para todos o alimento necessário para salvação.
Não foi o pão oferecido que trazia o dom da vida em suas essência, mas sim, quem ergueu a prece abençoando a pequena refeição era que trazia em suas entranhas o poder de não somente de multiplicar os números dos peixes nem dos pães,mas de nos tornar filhos do Pai Celestial por meio de sua expiação infinita.
O sacrifício foi feito.A oferta realizada.E na entrada da cidade seu corpo erguido numa cruz.
Porém, a morte e o sepultura não pode manter O Cristo em seu interior.E nas primeiras horas da manhã do Domingo a luz da esperada ressurreição do Filho de Deus cumpriu todas as profecias.
E até hoje esta mesma luz resplandece e alcança qualquer homem que deseja seguir O PRÍNCIPE DA PAZ, O REI EMANUEL, pois seu convite ainda está estendido:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”(Mateus 11:28).



terça-feira, 19 de abril de 2011

De Cazuza


Blues da Piedade
Composição : Roberto Frejat/Cazuza
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Poesia # 1 Divã



A esquina
na penumbra
encobre de medo
a quem ousa cruzar.

Em lépidos passos
escuso olhar,
beijo medonho,
pretende roubar

Nada demais,
Puro afã.
Sou velho e novo
Em meu divã
                                                                             Angelo Potiassu

domingo, 17 de abril de 2011

O menino da Praça



A vida é uma sucessão de eventos. São tantos que não conseguimos enumerá-los sem correr o risco de olvidar alguns. E outros, por força, marcarão para sempre a lembrança.
Quero aproveitar o instante e trazer de volta uns poucos que considero um tesouro incalculável. Quem pudera trazer de volta meu tempo de meninice quando brincava com meus irmãos durante a chuva na Praça Bispo Dom Jaime de Barros Câmara, mais conhecida, aqui em Mossoró, como a Praça dos Hospitais.
Aquele lugar parecia ser nosso. Pertencia-nos. Éramos o capitão de toda a gente que a frequentava. Claro que somente para um pequeno grupo de três meninos e uma garotinha ingênua e indefesa. Éramos donos de tudo.
Recordo-me também, com muito prazer, as noites em que esperava o início da sessão de cinema no memorável Cine Pax sentado nos bancos da Praça Rodolfo Fernandes. O cheiro de pipoca, os casais de namorados, o burburinho de crianças, a fila da bilheteria que não andava, os carrinhos de confeitos com sua variedade de doces, a ansiedade do filme estampada nos rostos dos cinéfilos, as luzes... Inesquecíveis!
Vi muitos artistas se apresentarem nos palanques erguidos em outra praça situada logo atrás deste referido cinema. A famosa Praça do Codó ou Praça Bento Praxedes. Uma multidão se aglomerava ali. Ainda não sei como era que cabia todo mundo naquele espaço visivelmente estreito.
Muitas vezes assistir, como se fosse num camarote, da também marcante Praça Vigário Antonio Joaquim a disputa musical no concurso da Mais Bela Voz mossoroense. Cada centímetro daquele chão era concorridíssimo. Todos querendo ver de perto as estrelas da noite.
Quando cruzo qualquer um destes lugares é possível ver aquele menino, parado, encantado, contemplando a vida da cidade com um olhar impregnado de poesia e também de saudade.
São pontos luminosos de minha memória que indicam, até hoje, o andar deste rapaz ainda estrangeiro no reino de Mossoró.

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