quarta-feira, 23 de maio de 2012

Poesia: Pedro Rufino





Pedro é Rufino...
Sua alma não cabe no gibão
Armadura de pele e aço,
Resistente bravura,
Pequeno, olhos verdes, cabelos finos
Medo nenhum da caatinga densa,
Assombro nem coisa de outro mundo...
Contos e causos no meio da noite
Eu, todo espantado, esperando o desfecho,
No fim , uma risada, um abraço ...
Brasa e campos, todo vestido de sol e esperança,
Mesmo na ausência, não sentia falta
A vida estava em cima do cavalo tangendo boiada
È dos outros,
Dele, apenas a filharada,
Tesouro eterno, ninguém toma,
Tudo seu.
14 rufinos pelejando na estrada
Ele tocou a terra cavou estrelas...
Não se desfez,
Está aqui cravado nas retinas...
Dormindo nas lembranças...
Ê boi...
Levantou poeira, riscou o céu
Há Rufino no mundo...
Aqui estou eu.
 Pedro Rufino,é meu avô materno.

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