sábado, 30 de abril de 2011

S É T I M O


Lá se foi. Acabou. Durou apenas algumas horas. Eu esperava um pouco mais. Quando você menos espera, escorreu pelos dedos. Passou, e pior, não há uma segunda chance.
 Os ponteiros no relógio não irão retroceder.O que parece ser já se foi! Então, sugiro que utilize todo o tempo disponível.
Sorria o bastante. Abrace quem precisa de abraços. Não permita um olhar meramente superficial sob o por do sol. Demore-se um pouco mais em contemplação. Prenda se puder, alguns raios de sol em seu bolso para serem usados num dia cinzento.
Acolha todos os amigos em uma só mesa. Perdoe. Use o perdão para que sua alegria seja completa. Releia os capítulos inesquecíveis do seu livro favorito. Não se esqueça de deixar tocar todas as faixas do CD do seu artista predileto.
As horas correrão rápidas e indiferentes as expectativas. Os momentos ficarão somente na lembrança. Por isto temos que promover cada segundo num momento memorável. Não podemos permitir que a energia das horas se calem vazias no tempo. Precisamos eternizá-las.
E não existe dia melhor para dar sentido as coisas da vida que o dia de Sábado. Ele é a razão da semana. O cruzamento dos desejos. O descanso da laboriosa faina.
Eu aguardo o Sábado como se fosse o beijo da pessoa amada confirmando o enlace. Ou como um banquete celebrando a boa colheita.
Como muita gente, eu espero tudo, o mais, o bem inesperado, o amor aguardado, as cores, o riso, a lua, as estrelas, as possibilidades que todos os Sábados reservam aos que estão imortalizados pela essência da vida.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Chico Nação

A Cidade
Composição : João Higíno Filho

O sol nasce e ilumina
As pedras evoluídas
Que cresceram com a força
De pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam
Vigiando as pessoas
Não importa se são ruins
Nem importa se são boas

E a cidade se apresenta
Centro das ambições
Para mendigos ou ricos
E outras armações
Coletivos, automóveis,
Motos e metrôs
Trabalhadores, patrões,
Policiais, camelôs

A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce

A cidade se encontra
Prostituída
Por aqueles que a usaram
Em busca de uma saída
Ilusora de pessoas
De outros lugares,
A cidade e sua fama
Vai além dos mares
E no meio da esperteza
Internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos

A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce

Eu vou fazer uma embolada,
Um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado
Bom pra mim e bom pra tu
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus

Num dia de sol, recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Fonte


Não há dúvida.
Da profunda tristeza
e solidão,
qualquer recanto,
ou desencanto.
Não importa
o seu número,
se são duas ou mais,
do casto sorriso de mãe e de pai
abraços de irmãos, sobrinhos,
e os outros dignos
laços fraternais.
Brotam alegria
das eternas fontes
Celestiais.
Angelo Potiassu


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