segunda-feira, 20 de junho de 2011

L I B E R D A D E


Já se encontra à toa nas ruas, livres, sorridentes, recebendo aplausos e abraços de congratulações o álcool e o cigarro, o falso forró com suas letras indecorosas, o sexo fácil, os filmes com seus roteiros sangrentos e descartáveis, a loteria estatal, o adultério em telenovelas, a baixaria em pretensos realitys shows, o interesse pela vida vazia de algumas celebridades, a libertinagem na mídia, a banalidade nos relacionamentos.

E em becos e vielas escuras, longe dos olhos da justiça, a impunidade, a corrupção, a violência desenfreada, a pedofilia, as bofetadas em mulheres e crianças, o craque, o aborto, a sonegação de impostos, o racismo, os traficantes, os maus políticos, as negociatas, o favoritismo em repartições e instituições públicas, o descaso do governo, o abuso do poder econômico, a escravidão nas relações trabalhistas, o roubo nos cofres dos contribuintes  transitam por ai usando óculos escuros, chinelos de dedos e boné como um turistas em férias.

Viva a liberdade.

E nestes últimos dias uma multidão com cartazes e faixas perâmbula pelas avenidas pedindo pela descriminalização da maconha.
 
Viva a liberalidade

Logo logo a liberalidade, libertinagem e a liberdade serão apenas uma em um único e exclusivo propósito e interesse: promover o ideal de modernidade e sofisticação

Quem sabe assim os grilhões invisíveis dos padrões e virtudes deixem de existirem e os homens estejam encarceradamente libertos. 

Viva!!

Um comentário:

  1. Um texto respingando o moralismo.
    Quando falamos em liberdade e a pensamento a partir da Filosofia podemos cair na armadura moralista, ao inves de provocar uma reflexão acerca do tema. Assim aconteceu ao terminar de ler a pulverização dos temas. Bombinhas juninas explodindo com feito moral.
    O ser humano no capitalismo trilha a superficialidade da vida, perpassa a existência sem grandes questionamentos que possam ir mais além do que o mero viver. Existir está ficando raro em tempos de globalização. Imagine pensar na liberdade.
    Álias, escrever como você a descreveu, deixou a liberdade sem chances de filosoficamente pensada e imagine vivida. O fio condutor da lógica das ideias nas palavras deu um nó cego. Nem houve relacionalidade de temas expostos, fragmentos apenas.
    Violência gratituita agrada sim a muitos, vende-se armas e cercas eletrônicas, sexo ocasional faz bem gera um dinheiro que vai dos preservativos até moteis, as instituições politicas fracassaram não solucionam os problemas coletivos e tão pouco a vida social, a cultura de massa consegue atingir mais rápido do que a arte vernácula e os intorpercentes aliviam a dor de ser mais um número no capitalismo.

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