sábado, 14 de maio de 2011

E M A N U E L


Comentei com um amigo outro dia que a vida é um objeto frágil. Que estamos suscetíveis a muitos acontecimentos que podem interromper ou tolher seu prolongamento. Mencionei também que somos constituídos de uma matéria profundamente vulnerável. Ele concordou meio que desapontado com esta realidade humana.

Estes fatos realmente assombram, perturbam e comovem. Assustam, porque os incidentes que meramente sucedem a outrem podem variavelmente nos alcançar. E neste caso, tomados de comoção, nos colocamos nestas mesmas situações tentando mensurar a dor, calculando as conseqüências que tais eventos poderiam provocar a nós mesmos. 

Agimos assim, simplesmente porque também sofremos a influência dos elementos fomentadores da existência do homem nesta esfera terrena. A consciência desta fragilidade perturba porque ela é invariavelmente imprevisível. 

Não foi concedido o controle sobre o tempo nem as intempéries. O alimento que não é conservado adequadamente apodrece e é inutilizado. A planta que não recebe água e adubo necessário morre. É inevitável. São leis irrevogáveis.

A maré quando baixa revela a vida que ficou no fundo do mar. Algumas estrelas se apagam quando o sol desponta no horizonte avisando que o dia nasceu e que a noite vem logo a seguir. A noite pode ser repleta de surpresas. Assim como o dia foi permeado com acontecimentos agendados e não agendados.

Contudo, não precisamos ficar aterrorizados com expectativas ruins, apenas precisamos entender a ordem das coisas e da superioridade da correlação divina. 

Minha semana começou silenciosa. Apenas o som da rotina e da chuva que todo dia nos aparece sempre às 13 horas limpando as ruas e acumulando, nos bueiros, o lixo que as pessoas jogam nas ruas.

Segunda-Feira, e seu tédio se foram. Terça e Quarta-Feira, espirros, espirros, e suprimentos de vitaminas C.A Quinta, tomei chá e mais chás para espantar a gripe. 

Sexta-Feira 13, num telefonema, meu dia foi atropelado com a notícia de que meu Tio “Nenel” foi encontrado sem vida numa calçada do Rio de Janeiro vítima de não sei o quê. 

Durante muito tempo acreditei que seu nome era Emanuel, mas ele se chama Manoel Tenório de Moura.
Eu prefiro continuar chamando-o de Emanuel, e que Deus esteja com ele e conosco.

Um comentário:

  1. 'em pleno dia se morre", infelizmente. E as contas e o amor nõ vivido, meus livros não lidos, minhas roupas...

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...